domingo, 3 de janeiro de 2021

[COBRA KAI - ANÁLISE DA TERCEIRA TEMPORADA] - Humanização, flashbacks, pseudo-nostalgia e o mais do mesmo que se repete.



Para poder criticar um produto... você deve estar a par dele. E quando eu DESÇO A LENHA SEM PIEDADE na série Cobra Kai ... faço por ela ser merecedora de tal. Na minha concepção... o seriado se tornara o que os telespectadores do mesmo são na verdade... pessoas incapacitadas... ou seja... os escravos da mídia... que podem ser facilmente enganados e manipulados por um trailer ou por um comercial de tevê. Os 10 episódios do seriado se encontram na Internet... e para a infelicidade dos adoradores mais escandalosos da série... é possível analisar cada ponto em específico da temporada... e não há como questionar quaisquer linhas de texto que será deixada aqui... tudo será embasado no que o autor da crítica presenciara... o suficiente para destruir o castelinho de areia dos bitolados.















O primeiro episódio se iniciara com as consequência do conflito entre os dois dojos de karatê... e então temos o sucessor de Johnny Lawrence... que se encontrara em estado vegetativo. A condição do rapaz deveria... por obrigação... emocionar os telespectadores. Porém... a forma como a dor do jovem é transmitida... soara piegas... com sonhos que incluíra excesso de câmera lenta para despertar algum motivacional no aluno porto-riquenho de Lawrence. Do outro lado... da parte de Daniel... sua filha se tornara uma garota amedrontada... enquanto que personagens como um certo moicano... que fora ENVERGONHADO por um Nerd Fruit Cake Style... ainda tentara conviver com a dor da humilhação. Enfim... tudo indicara que a "guerrinha" entre os jovens da nova geração Malhação... ops... Cobra Kai... estará longe de terminar. John Kresse manipulara a p*rra toda... e você se sentira aliviado... confortável... ou... de certa forma... confiante... de que esse cara falará mais alto e transformará o conceito LOSER de um seriado de marca maior... em algo maturo e até mesmo insano.















Os roteiristas da série... simplesmente devem adorar... ou ter algum prazer bizarro em contar histórias de como os personagens sofreram na vida... só pode. E... John Kreese não é a exceção. E é o que o segundo episódio mostrara escancaradamente... que se seguira ATÉ O DÉCIMO EPISÓDIO... Kreese aprendendo a se tornar um homem de fibra... o lema da não piedade... uma ideia tão previsível dos roteiristas que... se ela fosse necessária... com certeza John Avildsen abordaria na criação de seus personagens. É patético vermos como Kreese só tomara no c*... onde você simplesmente o enxergara com outros olhos. E desde que eu assistira a segunda temporada... me pergunto... onde está a originalidade nesse seriado? Onde se encontrara a história que.. deveria ser supostamente coesa a ponto de você simpatizar com novos personagens e querer saber mais sobre os antigos protagonistas?















A mediocridade ao forçar a barra na narrativa... é tanta... que em certo momento do segundo episódio... Kreese sacrificara um camundongo apenas para mostrar o quão "f*dão" ele é... e obviamente... exigindo que seus novos "alunos" tenham o mesmo "instinto assassino" que ele. Sacrificar animais como forma de ensinar jovens da geração derrotada... agora se tornara sinônimo de macheza? E pergunto novamente... porque o filme de 84 e o terceiro de 89... não optaram por isso?















Como já era previsto... Johnny Lawrence e Daniel Larusso... se comportam feito dois babacas... um derrotado necessitando da ajuda do outro. Os dois atores se sentem em casa... querem mostrar ao público (telespectadores xaropes e sem noção)... que ambos se tornaram o centro das atenções... e que enquanto seus fãs desejarem que eles continuem aparecendo carregando o nome Karatê Kid nas costas... assim será. Mas... se você encontrar algum propósito no personagem de William Zabka... você provavelmente vai amá-lo... ainda mais nos momentos em que ele tentara pagar de machão... incluindo esbofetear um detento para conseguir informações sobre seu filho... Robby... ex-discípulo de Daniel.















Enquanto Lawrence e Daniel tentam a sorte como aventureiros comediantes... o jovem porto-riquenho sofrera por saber que ele jamais conseguira andar novamente. Mas é claro que Lawrence... com o poder da zoeira... que despertara um super-motivacional no rapaz... revertera a situação... com tudo jogado na cara... sem dó e sem piedade... com soluções rasas... que incluíra momentos absurdamente ridículos e outros não convincentes. Tudo... de alguma forma... se tornara motivo para deboches ou piadinhas infames.















E a palhaçada continuara... e se há algum personagem que... por mais incrível que pareça... carregara com ele todo o motivo para se tornar mal... é o filho de Lawrence... enquanto Daniel viajara para Okinawa... apenas para obter as respostas que necessitara. E assim se iniciara novamente a tentativa de hipnotizar o público com a pseudo-nostalgia... incluindo antigas locações do segundo filme de 86... até partirmos para o retorno de velhos personagens... que estão ali apenas por estar... já que... após serem iconizados... foram simplesmente descartados de Hollywood. Mesmo nas locações e colagens das cenas dos filmes (o segundo filme de 86)... que apresentara momentos inéditos (fórmula que se iniciara na primeira temporada) o clima do combate é amenizado com uma trilha sonora incômoda. A reconstituição de Daniel versus Chozen... não é condizente com o clima de duelo até as últimas consequências que a trilha de Bill Conti apresentara. Claro... existira o problema dos direitos autorais... mas... que ao menos reconstituíssem a cena com uma trilha que remetera ao clima da de Conti. Enfim... assim como Lawrence... Daniel e seu segundo ex-desafeto (agora de Okinawa) estão em paz... com Daniel aprendendo técnicas mortais com Chozen... (que ensinara para Daniel as técnicas que o senhor Miyagi nunca ensinara para ele) a resposta que ele necessitara em sua mais nova viagem de conhecimento.















De volta ao mundo da Malhação... ops... Cobra Kai (porque será que eu sempre confundo os dois seriados?)... Robby descobrira o que havia por trás do Miyagi-Do... que tudo era uma farsa do senhor Miyagi... para que Daniel competisse no torneio de karatê no filme original de 84. Para Robby... tal revelação fará com que ele se aproxime de Kreese... e renegara seu pai... Lawrence. E mais rostos do passado ressurgem... como a ex-namorada de Lawrence... que Daniel roubara dele no filme de 84... outra que só aparece por aparecer... apenas para fortificar a união entre os dois ex-desafetos... que lindo (SQN!).
















Kreese... cuja único propósito na vida é reconquistar seu respeito e o do Cobra Kai... recrutara novos estudantes. Mas... infelizmente... para ele... a maioria desses alunos já tiveram o c* comido com amora... assim como ele. Portanto... por mais que ele tentara... para seus telespectadores... seus alunos se mostrara frouxos... eles apenas fazem pose de maldosos... quando na verdade... seus corações são facilmente amolecidos. O personagem moicano é um exemplo disso... se por um lado... ele enganara a todos mostrando o quão cruel ele é... por outro... ele sabe que... no fundo... nasceu para ser um xarope sem noção derrotado.















Para se opor ao seu ex-professor... e não depender do Miyagi-Do de Daniel... e continuar ensinando karatê... a sua maneira... aos seus alunos... Lawrence fundara um novo dojo... batizado de... Karatê Presa de Águia (ou... Eagle Fags Karate).















Kreese e Robby permanecem cada vez mais próximos um do outro. Kreese se orgulhara do filho de Johnny... acreditando que Robby... é o que Cobra Kai sempre necessitara. E a palhaçada entre as duas escolas... novamente tem início... o duelo ocorrera dentro da casa de Daniel. Quando Johnny descobrira que seu discípulo porto-riquenho fora novamente ferido... ele confrontara Kreese... e para a decepção de todos os fãs do vilão... Kreese é abatido por Lawrence (pela segunda vez consecutiva... contando o duelo entre os dois na cena que antecede os créditos iniciais do primeiro episódio da segunda temporada)... e quando o vilão quase liquidara Lawrence... lutando sujo... Johnny é salvo por Daniel que... utilizara das técnicas que aprendera com Chozen... para simplesmente envergonhar ainda mais o vilão. É deprimente... Kreese só servira na série como manipulador... já como representante do Karatê Cobra Kai... ele personificara o fracasso em pessoa. Vale ressaltar que... A única derrota de Kreese... ocorrera pelas mãos do senhor Miyagi... e jamais por Daniel.















Liquidado... e com apenas o filho de Lawrence... a Cebola Girl (me esqueci dela) e mais alguns novos alunos... Kreese pedira socorro para aquele cujo dojo Cobra Kai pertencera originalmente... Terry Silver... que conseguira separar Daniel do senhor Miyagi no terceiro filme de 89.

A terceira temporada do seriado... falhara novamente ao contar uma história própria sem forçar a barra na pseudo-nostalgia. E pensar que... o quarto e último filme da franquia original... que é... até hoje... recriminado por muitos... conseguira contar uma história independente de velhos personagens ou de antigas locações. No quarto filme... apenas Miyagi ressurgira... mas ele é totalmente enraizado na mitologia dos três primeiros filmes. Isso é algo que esse seriado... jamais conseguirá.

CONTINUIDADE RETROATIVA CRIADA PARA DISTORCER OS FATOS.
O segredo do Karatê da Família Miyagi... já fora passado para Daniel no segundo filme de 86... A TÉCNICA DO TAMBOR. Portanto... outros segredos relacionados com esse contexto... são desprovidos de lógica... exceto para se contar uma história do passado "sombrio" de Miyagi.

TRILHA SONORA FORA DE CONTEXTO.
A canção interpretada por Phil Collins... In The Air Tonight... é tocada nos momento finais do último episódio da terceira temporada. A canção pertencera ao contexto do filme... Negócio Arriscado... com Tom Cruise... mais precisamente na cena em que ele está no bem bom com a personagem de Rebecca De Mornay. Parece que a icônica... The Glory of Love... interpretada por Peter Cetera... como parte da trilha sonora musical do segundo filme de 86... fora simplesmente ignorada na cena final.

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